segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Encerrando o ano, parece que a sustentabilidade se sustenta

Esta será minha última contribuição em 2009 para o tema de empresas e sustentabilidade, antes de sair em férias para cuidar da minha sustentabilidade física e mental, em viagem de motocicleta ao Uruguai...

O fracasso relativo (ou total) da COP 15 de Copenhague teve um mérito, ao chamar a atenção para o tema. Uma demonstração disso é o tema da revista Veja, na edição 2145. Um dos artigos, de autoria de Jared Diamond (professor da Universidade da Califórnia) comenta da esperança de que, mesmo os governos não se entendendo, as grandes empresas poderão salvar o mundo. Alguma semelhança com o que vem sendo pregado no GFAL? Toda...

Este é o link do artigo (na revista, página 268), que pode ser por enquanto área restrita, mas depois será liberada certamente. Enquanto isso, se você não tiver acesso ao site Veja, faça download do artigo, que imprimi do site e leia em pdf.

Por último, não menos importante, não resisti a fazer este complemento depois, como contribuição ao fim de 2009... nem sempre acho interessantes os inúmeros slides que me enviam, mas estes... valem a pena (em inglês)


Vamos nutrir esta esperança: as empresas podem e devem salvar a questão ambiental. Depois os governos podem consolidar, mas agora já fazem muito se não atrapalharem.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Quem cuidará da sustentabilidade no nosso futuro imediato? A Geração Y.

Na semana que passou participei de uma reflexão sobre o transcorrer dos eventos que chamamos Global Forum, que foram a origem deste blog. Muito se fez nesses eventos, com diversos efeitos. O que foi obtido com os eventos realizados em todo o Brasil? Debate amplo e conscientização. Projetos com resultados imediatos? Não foram a tônica dos eventos. Mas quem espera resultados imediatos, quem será o motor das mudanças?

Os jovens sempre foram potencialmente uma fonte poderosa de progresso, e felizmente, nesta geração Y, os jovens estão desejosos de um progresso sustentável. De outro lado, falta-lhes algo que sempre faltou aos jovens: a experiência. Cabe aos que a têm, aos experientes, saber como lidar com eles. É preciso usar seu poder de mudar, levantar causas, produzir de forma sustentável, junto com a consciência, presente nesta geração, da importância da sustentabilidade.

Assisti na Globonews um programa Entre Aspas sobre a Geração Y. Vale a pena ver e refletir. Vou resumir abaixo pontos que provocaram meu interesse e minha reflexão. Não pare aqui. Use-os como estímulo para ver o programa, que está abaixo.

O jovem da geração Y:

Faz parte de uma geração criada pelos pais com foco em felicidade pessoal, bem estar e prazer.


Busca ser feliz. Se percebe um sentido no que faz, por uma causa que acredita, ou vê que pode mostrar resultados, dedica-se integralmente. Mas quer fazer diferença, se não sente que está contribuindo fica infeliz. E não persiste.


Quer contribuir para diminuir as diferenças sociais, e é consciente da importância da sustentabilidade.


Não aguenta críticas. Não foi preparado para isso por seus pais e pela escola que frequentaram.


Quer trabalhar em causas que o atraiam. Já tem uma boa qualidade de vida, é mantido pelo pai e pela mãe. Mas a organização precisa criar causas para ele, pois senão não conseguirá retê-lo.


É excelente para trabalhar em grupo, faz muitas tarefas ao mesmo tempo, produção rápida de resultados. Mas lê pouco, é ansioso, é imediatista, não trabalha bem sozinho, quer fazer tudo em tempo real, não se aprofunda em um assunto.


Quer ter sucesso rápido, o que explica o sucesso dos programas de trainee na atração de milhares de jovens, e torna esses processos mais seletivos que o vestibular. Quer ser promovido na empresa logo depois de iniciar o trabalho, sem mesmo saber o que é estar preparado para essa promoção ou que plano deverá realizar nesse trabalho. E uma grande expectativa é o outro lado de grande frustração.


Vou parar minhas reflexões por aqui. Veja mais no Entre Aspas a seguir.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mudanças climáticas, congresso e Michael Jackson

Hoje pela manhã, muito por acaso, passei pela TV a cabo do congresso, e lá vi o Deputado Rodrigo Rocha Loures presidindo uma Comissão Geral. Parei para ver. O que estaria rolando?

Ali fiquei, não todo o tempo, mas foi bastante. Era uma sessão dedicada a discutir ações para a COP 15 em Copenhagen, com diversos depoimentos sobre mudanças climáticas.


Pessoas interessantes: Carlos Nobre (veja vídeo e veja sobre ele no site do Planeta Sustentável), um representante do INPE (vídeo), Monica Nunes do Planeta Sustentável (video), ex-deputados, deputados e muitos outros.



Vi conceitos interessantes, vou citar alguns:


- Se buscarmos sustentabilidade, por exemplo, nos transportes, evitando que os caminhões trafeguem 46% do tempo vazios (!!!), aumentaremos a produtividade em cadeia de transportes, indústria e comércio, e de quebra melhoraremos as emissões de CO2. Óbvio! Mas eu não tinha pensado que era tanto pois quase metade do tempo os caminhões estão trafegando vazios gerando CO2... Ficou claro para mim neste e em outros exemplos o quanto estão ligados sustentabilidade ambiental e sustentabilidade de negócios, e porque trabalhar um significa melhorar o outro. Por isso o Governo está centrando como primordial a Ciência e Tecnologia nesse aspecto.



- Entende-se que o aquecimento global limite é de 2 graus. Nos últimos 150 anos já se foi feito o que não devia para aquecer 0,8 grau. Temos folga de 1,2 grau? Não... Com o que despejamos até hoje de carbono na atmosfera, em 20 anos já temos garantido mais um grau (se não fizermos nada contra). Acabou a folga. Precisamos trabalhar para reverter, já que continuamos despejando bilhões de toneladas de gás carbônico por ano.


Os países desenvolvidos são responsáveis por 2/3 das emissões que já estão aí, e tem 1/5 da população. Os outros países geraram 1/3 das emissões, e tem 4/5 da população. A quem moralmente caberia o maior esforço? O conferencista respondeu isso, claro.



- Como nossa matriz energética é mais limpa em emissões de carbono, o produto brasileiro tem menos emissão de carbono para ser produzido, o que significa que em relação ao meio ambiente os produtos brasileiros são mais sustentáveis do que os de outros países... eu nunca tinha olhado deste lado.



Para ilustrar este post coloquei um pequeno vídeo da sessão da câmara quando foi apresentada Mônica Nunes, para indicar a respeitabilidade do movimento qundo se envolve a Editora Abril. Claro que com a qualidade resultante de filmar com um celular um televisor de 20 polegadas... mas são só 39 segundos.



Uma coisa também me chamou a atenção: o Dep Rodrigo definiu o que entende por liderança (a pensar muito nisso...), e defende que temos que ter uma liderança firme em mudanças climáticas e meio ambiente, e enfatizou especialmente que o Congresso deve dar exemplo e fiscalizar o que o Poder Executivo fará na COP 15. Já é algo para se ter esperança, se o congresso realmente fizer isso, e fiscalizar com vigor (e não para ganhar votos ou trocar favores), realmente podemos fazer uma diferença.



Por último, Michael Jackson (este nome era só para poder ter um título inusitado, mas que tem relação com o resto tem... uma música para você relaxar... ou ficar mais preocupado).

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Global Forum foi para Cuiabá, CICI vem para Curitiba

Terminada a etapa do BAW Global Forum em Curitiba, com os trabalhos enriquecidos pela video-conferência internacional de sexta feira, vamos agora (entre outras) aguardar a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI 2010). Já há nomes importantes confirmados (veja o link) e muitos debates sendo aguardados. Você ainda pode seguir as atividades no Twitter (use este link).

Mas hoje vou dar uma dica de uma reportagem que reúne inovação, cidades e sustentabilidade. Veja o que foi apresentado em Cidades e Soluções, programa da Globo News. Espero que goste, é uma bela chance de ver (ou rever) Paris e Nova Iorque, e pensar se isso tudo será mesmo assim no futuro, para rever (ou ver) como ficará. De quebra, pensar em como podemos colaborar para nossas cidades serem mais inovadoras e sustentáveis:

domingo, 8 de novembro de 2009

COP 15

Ainda tenho saudades da agitação e uma camiseta do COP 8, que foi realizado em Curitiba. Lógico que gostaria de participar do COP 15, mas não é para todos, pois será em Copenhagen. Mas vale a recomendação de que cada um se informe e leia, pois o tema não pode ser afrouxado. O texto abaixo é do site do Gfal:

Copenhague na Dinamarca será o centro do mundo em dezembro. A 15.ª Conferência das Partes, COP 15,  reunirá os paises membros da Organização das Nações Unidas para que acertem um acordo multilateral de ordem ambiental que tem como objetivo substituir o famoso Protocolo de Quioto, vigente entre os anos de 2008 a 2012.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Como está o BAWB Global Forum e o Colégio Sesi

No post anterior fiz uma suposição sobre sustentabilidade (palestra mais sustentável) que não tem sentido, pois ambas eram sustentáveis igualmente (não presenciais).


Então passamos para outro assunto: estamos agora presenciando (primeira foto) um painel entre bancos: Educação Corporativa em Sustentabilidade: Bancos Itaú/Unibanco, Santander e HSBC.

Mas um detalhe muito interessante é uma inovação em educação: a presença de alunos do Colégio Sesi. Isso proporciona ao mesmo tempo uma visão aos participantes de por quem eles estão lutando (que são os jovens) e prepara os jovens para uma questão importante para eles, porém pouco perceptível: de que a sustentabilidade não é só meio ambiente, é também educação e colaboração com as empresas.


Na foto anterior você pode ver uma mesa com alunos apreciando o painel.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Viceoconferencia e sustentabilidade

Hoje teremos no início do Global Forum America Latina (tema do evento: Educar e Inovar para um futuro sustentável) uma palestra presencial de Jeffrey Sachs, sobre  Desafios para Redução da Extrema Pobreza . Sexta feira teremos uma palestra Palestra com Fred Collopy, Ph.D – Chair do Design Group da Weatherhead School of Management CASE Western Reserve, por videoconferencia. Veja a programação toda do evento aqui.

A pergunta é: qual é melhor para a idéia de sustentabilidade, a primeira ou a segunda? Bem, quanto ao conteúdo não quero nem posso opinar agora, já que não assisti nenhum ainda. Mas para a sustentabilidade como processo de operação não tenho dúvida: a segunda, de Fred Collopy, é muito melhor em custos, baixa geração de carbono, otimização de transportes... etc.

Resta agora assistir e poder opinar quanto ao conteúdo. Até a próxima.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Maturana e o derivar

Mais uma semana de Biologia-Cultural com Ximena e Maturana. Oportunidade fantástica de pensar, refletir... Como vamos mudando, como fazemos o que fazemos em nosso viver e conviver, como nos relacionamos com nosso entorno e a continua mudança que experimentamos.

Mas as oportunidades diferem: eu nesse processo, outros em um turbilhão, mas ambos são mostras do mesmo ocorrer: nosso ambiente não para de mudar, e devemos refletir muito sobre nosso papel nele!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

De que tamanho é nossa ação?

Vi agora há pouco no You Tube um comercial. Fiquei pensando: quantas vezes achamos que estamos fazendo um papel real em busca de um novo ambiente, de um ambiente sustentável economicamente a longo prazo, e descobrimos que estávamos apenas pensando que tínhamos ferramentas e atitudes coerentes, mas que ainda há muito a fazer para chegar lá? É difícil dizer o que faz diferença, mas certamente precisamos os veículos certos para chegar longe.

Pode ser que o vídeo anexo não pareça, a você que lê, dizer algo além do que quis a agencia de marketing do fabricante Yamaha. Mas pense nisso: nossas ações precisam ser efetivas, senão pensamos que vamos longe mas não fazemos crescer nossos meios de transporte...

Não posso assegurar que participar no GFAL faça isso, mas que aumenta nossa chance, aumenta...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Em preparação a nova edição do GFAL

É certo… muitas coisas estão sendo preparadas para a nova edição do GFAL em Curitiba. Muitas surpresas agradáveis, decisões sobre temas de apoio sendo tomadas, será mesmo muito bom. Prepare-se, não perca.
Barigui 4Garanto a você: além de aprofundar o que você conhece sobre o tema central, a sustentabilidade dos negócios, você aprenderá como fazer com que um evento desse porte tenha as pessoas interessadas e participando. Bem, na falta de algo específico de sustentabilidade, coloquei abaixo duas fotos tiradas por minha esposa do lago do Parque Bariguí, em Curitiba. Pode não ser a melhor imagem para  falar de sustentabilidade, nem uma causa para a mais profunda conclusão… mas cabe a reflexão: você gostaria de contribuir para que esse lago permaneça saudável, com jacarés e capivaras? Sim?
Barigui 23Então venha! O GFAL nos espera e vai hos ajudar a aumentar nossa criatividade, nossa capacidade de inovar e pensar em soluções…

E, se nos ensinar ainda porque a sustentabilidade é importante para sua vida e para os negócios, terá cumprido em parte sua missão.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

As mudanças climáticas não são questão de meio ambiente

Hoje li uma opinião na Folha de São Paulo (20/09/2009), em TENDÊNCIAS/DEBATES:
Acordo em Copenhague corre perigo, de autoria de DAVID MILIBAND (ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, graduado em política, filosofia e economia pela Universidade de Oxford e mestre em ciência política pelo Massachusetts Institute of Technology... acho que é uma boa referência!)

Ele diz algo que me incomoda há muito, que é a relação primária que as pessoas fazem de que mudanças climáticas são coisa para ambientalistas e não administradores, e pensar em sustentabilidade também.

Ora, em mais de uma vez neste blog falamos que sustentabilidade é uma questão primordialmente economico-financeira, fundamental para a sobrevivência das empresas (uma clara abordagem está neste post do blog do GFAL do Augusto de Franco). Parece tão evidente quando entendemos, mas não o é para a maioria das pessoas.

Bem, voltemos ao David Miliband. Ele diz em um trecho:
Para começar, as mudanças climáticas precisam ser tiradas da caixa intitulada "meio ambiente". Um pacto para enfrentar as mudanças climáticas é não só desejável mas também imperativo para garantir a segurança nacional e a recuperação econômica sustentada no médio prazo.
Os altos preços do petróleo e dos alimentos foram um dos gatilhos da crise econômica atual, incrementando os desequilíbrios financeiros globais e provocando a elevação das taxas de juros. O arrocho dos recursos é o segundo pai da crise, lado a lado com o arrocho do crédito.
As mudanças climáticas resultarão em migrações em massa, secas e falta de água, provocando tensões e conflitos nacionais e internacionais. O aquecimento global hoje não está na agenda do Conselho de Segurança da ONU, mas estará no futuro se não aprendermos a viver sem carbono.
Marquei nesta cor e itálico o que me chama a atenção: se a finalidade de uma empresa é se sustentar no longo prazo, a sua sobrevivência está diretamente atrelada à preocupação com o meio ambiente. Tudo o que pudermos investir nisso e em redução de emissões de carbono, apagando luzes, buscando menos consumo em nossos computadores, menos papel, menos combustível para ir ao trabalho e, claro, pensando corporativamente como diminuir o impacto ambiental, ajudará. (o artigo inteiro está aqui).

É só lembrar a fábula da pessoa solitária passeando pela praia, com centenas de estrelas do mar morrendo na areia, sob o sol forte, e que se abaixava de quando em quando devolvendo algumas estrelas ao mar; um passante perguntou-lhe: por que voce faz isso, se há centenas morrendo na areia, e você somente conseguirá devolver algumas? E a pessoa responde: é verdade, muitas morrerão, mas as que eu devolver, para essas eu fiz a diferença.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Continuando o congresso

Trabalho do grupo por regiões.

Sustentabilidade e redes sociais

Como navegar nas crises? Como mudar a forma de agir de acordo com o local e o mundo? A resposta está no conceito da sustentabilidade. É essa preocupação com a sustentabilidade que nos fará encontrar respostas.
Assim começou Augusto de Franco sua mensagem no Congresso Paranaense da Indústria. Prossegue falando do reflorescimento das cidades e do papel fundamental delas para a inovação e o desenvolvimento.
E continua neste momento sua palestra. Volto a isso mais tarde com as minhas anotações.

domingo, 16 de agosto de 2009

Informática verde e a era da atenção: o que?

Informática verde? TI verde? Computação verde? Muitos são os nomes, mas é tema por demais importante. É um dos muitos de que ouvimos falar, ao menos os que são ligados em TI (que é meu caso) ou especialistas em Meio Ambiente (que não é meu caso). Mas disputam espaço - ou seria melhor dizer tempo? - com muitos, muitos temas. É, realmente é a era de disputa da atenção (veja um post blog que reúne as duas: atenção e TI verde em artigo com título "Na era da atenção, RAM é cem vezes mais barata que HD").

Parece que ocorreu comigo uma das coincidências que Jung chamava sincronicidade: a primeira chamada de atenção ocorreu em uma comunidade de CIO´s do sistema indústria, uma das colegas mencionou o tema computação verde, e citou um trabalho seu de mestrado no assunto. Fiquei pensativo de quanto tempo eu dediquei já a um tema tão importante... mas passou e lá se foi minha atenção para outra coisa. Segunda chamada de atenção: Enquanto conferia saldos bancários (uma atividade que me torna sustentável), atualizava blogs, postava twits, atualizava o ning de algumas comunidades a que pertenço, vejo um programa na GloboNews dentro do tema "Cidades e Soluções". Surpresinha... o tema foi Informática Verde. Veja o filme:


Foi demais para que eu pudesse deixar o tema de lado novamente sem a atenção devida! Ações da IBM (em 2008 reuniu 230 toneladas de material reciclável) e outras, sendo citado o uso de servidores virtuais resultando em economia ao redor de 30% em eletricidade e espaço, e muito menos lixo gerado depois. E muito mais dito em linguagem jornalistica; caso queira, este link leva para o assunto). Até a próxima...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sustentabilidade no mundo e código de barras...


Este é um teste para uma tecnologia diferente. Veja o link indicado pelo código de barras para saber ações do Sistema Fiep sobre sustentabilidade. Use seu celular para ver o link.

Caso voce não tenha o recurso no celular, use este link: http://www.globalforum.com.br/News8917content73675.shtml
ou clique aqui.

domingo, 26 de julho de 2009

Operar em rede, organização ambidestra ou por processos e projetos?


Participei na semana passada de um trabalho (muito bom) sobre Design organizacional do Sistema Fiep, reflexões que resultarão na (re)definição do propósito e princípios que fundamentarão resultados desejados e ações necessárias para obter esses resultados.

O encontro, fundamentado em Investigação Apreciativa, foi composto por diretores mais gerentes que participam do EMO no Sistema Fiep (EMO = Entendimento Matriztico Organizacional, com Maturana e Ximena).

Iniciou com entrevistas com os participantes (conduzidas por Ron Fry e Ilma Barros, da Case Western Reserve University, ambos na foto acima: Ron em pé e Ilma escrevendo). Seguiu-se uma análise das entrevistas e uma reunião de dois dias. Os principais resultados buscados eram os princípios que norteariam o Sistema Fiep na consecução das ações para os próximos anos. Um exemplo de atividade no grupo em que eu estava é mostrado na figura com um diagrama de Venn.

Não vou detalhar mais, até por ser o evento uma atividade interna do sistema Fiep. Interessa-me relatar uma particular questão, que coloco a seguir.

Começamos a discutir que em uma organização acontecem atividades independentes e complementares, e muito diferentes. Um exemplo seria uma organização como a nossa, do Sistema Fiep, em que existem processos consolidados (no caso de SESI e SENAI há mais de 65 anos) convivendo com projetos de inovação e conceitos intrínsecamente desbravadores, típicos da gestão atual (Investigação Apreciativa, Certificação em Biologia Cultural, Nós Podemos Paraná - para atingir os 8 Objetivos do Milênio da ONU, Colégio Sesi, Senai Empresas... e, claro, nosso GFAL e muitos outros).

A questão fundamental: Como manter operando eficazmente uma organização com desafios tão diversos? A metáfora adotada pelos consultores foi ter uma organização ambidestra, como ocorre com um pianista, que toca músicas magníficas, resultados dos movimentos de ambas as mãos, diferentes mas complementares. (quem são as mãos e quem é o pianista? mas isso é outro assunto...)

É o que muitos chamam trabalhar por processos e por projetos... mais ou menos, mas é! Daí surge o Marco Secco (Diretor de Operações do Senai PR) com um diagrama de redes como o abaixo (esta é uma figura mostrada pelo Augusto de Franco em obra que pode ser obtida em neste link).

Marco propôs que deveríamos trabalhar como numa rede descentralizada, realçada em azul, (não a rede de computadores e sim o fluxo de informações), e não como hoje fazemos, na forma da figura intermediária, com a sede, as regionais e as unidades comunicando-se com nós intermediários. Isso levou nosso grupo a propor uma mudança da organização para o padrão de redes, o que gerou uma paralisia momentânea nos presentes, até que ficou como tema a debater mais tarde, pois era muito para um encontro de dois dias...

Mas a questão que me interessa agora é: eu defendi nesse debate que é mais fácil implantar o modelo de trabalhar em rede na parte da organização que é baseada em processos consolidados (todos conhecem sua função e papel, as tarefas são definidas, os prazos são conhecidos) do que na parte que trabalha em projetos inovadores (muitas incertezas no papel, prazos não cumpridos, riscos mais difíceis de avaliar.

O que me entusiasma mesmo para debater é a questão acima em negrito vermelho. Alguém tem alguma opinião?

Ou quem sabe coloco em debate em um próximo encontro da escola de redes... vai ser quente!!!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Empresas e poder público na sustentabilidade

Uma iniciativa que dará frutos foi tomada na semana passada. O desafio é grande, especialmente pelo tamanho da tarefa e benefícios esperados: atender municípios e a indústria com um ensino de vanguarda, em que a sustentabilidade e o empreendedorismo são parte da educação.

Como seria isso?

(abaixo um texto do informativo do Sistema Fiep)

Atração de investimento para a RMC:
O presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, reuniu os prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba num café na manhã quarta-feira (1º), no Cietep. Em pauta, a parceria entre o setor produtivo e as prefeituras para buscar o desenvolvimento sustentável dos municípios. (grifo nosso)

(...) a Fiep pode contribuir com as prefeituras orientando sobre a atração de investimentos. Segundo ele, esta integração pode transformar a Região Metropolitana de Curitiba em exemplo de qualidade de vida, competência tecnológica e cultural, altíssima produtividade e com as melhores soluções em saúde, educação, transporte e segurança. Ele também colocou a estrutura do Sistema Fiep à disposição dos prefeitos. “Temos o Sesi e o Senai que podem contribuir muito com os diversos programas que têm na área de qualificação de mão de obra, educação e saúde”, destacou.

(fim)

Que tal? É tudo o que entendo como uma solução adequada e sistêmica. Veja um "post" anterior, onde abordamos "sustentabilidade".

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Educação Transformadora

Marco Secco, Diretor de Operações do Senai, apresentou hoje um conceito que integra a visão de futuro do Sistema Fiep, essencial para a busca de uma educação de alto nível, atendendo a continua formação de pessoas capacitadas para os desafios que a indústria tem em nosso estado: a Educação Transformadora.

A espiral mostra o caminho proposto:
Pré-escola, Ensino fundamental, Ensino médio, EJA, educação continuada, Iniciação profissional, Aprendizagem profissional, Qualificação profissional, Cursos técnicos, Estágio e novos talentos, Graduação e Pós-graduação.

Ainda em elaboração, o conceito promete ser uma importante e inovadora contribuição para um mundo sustentável, e em especial, para a nossa indústria ser sustentável de forma ampla.

terça-feira, 2 de junho de 2009

BAWB Global Forum está acontecendo



Nesta semana ocorre um importante evento, o BAWB Global Forum, cujo tema é a inovação: “Manage by Designing in an Era of Massive Innovation”
. O BAWB-Global Forum 2009 está sendo realizado pelo Business as an Agent for World Benefit (BAWB) e pelo Global Compact das Nações Unidas (ONU), dois grupos ligados à responsabilidade social mundial. ‘Gerenciar pelo Design em uma era de inovação massiva’, Como tema, é de uma importância crucial, especialmente para países como o nosso, e possivelmente o único caminho sustentável para recuperar a distância em renda e recursos que separa o Brasil dos países desenvolvidos (Claro, se não quisermos considerar o caminho fácil de apostar nas novas jazidas de petróleo; esse caminho não ocorreu, por exemplo, na Venezuela...)

Muita força para desenvolver a inovação... e o sistema Fiep está fazendo sua parte, especialmente com o novo Cietep, um centro dedicado à inovação, que permitirá criar um permanente estímulo a que a inovação faça parte da vida das empresas (outros posts neste blog abordam inovação).

E o presidente do Sistema Fiep está lá em Cleveland, contando o que fazemos por aqui, incluindo um portal que será estímulo para que se discuta gestão do conhecimento e inovação, tudo Web 2.0... Mais notícias depois.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mais inovação e Giget

Iniciando segundo módulo do Programa Cultura da Inovação e sua Implementação Empresarial, com o especialista francês Marc Giget. Duas fotos para ilustrar: o próprio Marc e sua mensagem inspirada em Einstein.

Pedro Carmona Gallego _ via celular

quinta-feira, 2 de abril de 2009

E a Sustentabilidade fica mais sustentável

Breves notícias de eventos importantes: Na segunda-feira dia 6, será lançado no Cietep um curso de especialização em administração com concentração na sustentabilidade, em iniciativa do Sistema Fiep e da UFPR, pioneira no Brasil.

E em breve teremos notícias de um congresso mundial reunindo os temas Educação e Sustentabilidade, que deverá ter uma edição no Brasil.

domingo, 8 de março de 2009

Tudo se interliga: o fio condutor


Hoje pude rever a importância dos conceitos que norteiam o Sistema Fiep. Foi em uma reunião com um olhar em inovação, para discutir o que será o "novo" Cietep (tema já tratado aqui). Mas o importante, é que todos consideram indissolúvel juntar inovação e as diversas faces que nos constituem como verdadeiros seres humanos.

Estavam lá grande parte da diretoria do Sistema Fiep, o Presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures e os consultores Ken O'Donnell e Brian Bacon (veja quem é), estes últimos na foto. Brian veio a Curitiba fazer a Conferência 'Estratégias para Enfrentar a Crise', na Unindus. Estavam também alguns convidados, ligados à Oxford Leadership Academy. Sim, e o que mais?

Não é algo novo, mas enfatizar o que sabemos sempre é bom: Brian citou um trabalho que fez para o McDonalds, e duas coisas me chamaram a atenção: primeiro, a forma com que o Mc atua: pense grande, comece pequeno, execute rápido. Assim, em uma consultoria de planejamento que participou no Mc na Europa, eles buscavam um meio de reduzir o turnover, na época ao redor de 70%. Para encurtar, depois de muito discutir o que fazer passaram a buscar: qual a pergunta que queremos responder? E esta era: como fazer com que as pessoas queiram trabalhar aqui? E assim decidiram tornar a empresa um lugar onde se formem melhores seres humanos, melhores jovens (segundo Brian, o Mc é a maior organização no mundo a formar jovens, depois vem as forças armadas americanas...). Bem, para encurtar, trabalharam valores das pessoas, família, relacionamento, como tornar pessoas felizes... e reduziram após algum tempo o turnover para 15%. Fantástico, não?

Segundo, os 4 pontos que Brian considera fundamentais para a inovação (veja foto): Relevância, Originalidade, Impacto... e a reunião das iniciais: ROI. Sim, retorno sobre o investimento... financeiro também, mas mais que isso, Brian adiciona os valores pessoais, a espiritualidade, a realização pessoal. Em suas palavras em anotação/tradução livre: "As empresas precisam hoje pensar como um sistema do corpo humano: o rim não precisa competir com o fígado, são complementares. Dez a quinze anos atrás era improvável uma empresa falar sobre responsabilidade ambiental, hoje é o centro de sua sobrevivência, pois as empresas precisam escolher ser parte da solução e não do problema". Acrescentou que os atuais sistemas de educação estão desconectados das necessidades do mundo atual, pois desenvolvem apenas a inteligência intelectual, e não a emocional, espiritual e até física.

Disse por fim: "Empresários, preparem os negócios para o mundo que está por vir, e não percam tempo preparando para um mundo que logo não existirá".

Bem, para finalizar, alguns dados do IPEA, citados pelo Presidente da Fiep, que ressaltam a importância da inovação e do novo Cietep: no Brasil 1.200 indústrias (1,7% do total) tem a inovação como uma capacidade interna, por vontade e atitude. Destas, 170 apenas criaram algo que pode ser considerado inovador internacionalmente. É muito, muito pouco. Disse então que a principal missão do novo Cietep será contribuir para que as indústrias sediadas no Paraná tenham aumentada sua capacidade de inovar, assim permitindo que o Paraná tenha um percentual nas indústrias significativamente maior que esses 1,7% de empresas inovadores. Para isso, vai focar nas capacidades internas das empresas, mas também nas externalidades: universidades, governo, trabalhadores da indústria e a população de modo geral.

É, tudo faz sentido com o que já vimos no GFAL. Tudo se liga entre si (este é o citado Fio Condutor do título), e tudo integra o lema da Fiep: a União da Indústria rumo ao Futuro.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Um novo ano, crise, sustentabilidade...

Começamos 2009 com um horizonte sombrio: perigos, crises, produção industrial em queda, indústrias de base, como máquinas industriais, em crise. O que virá? O que tudo isso nos indica?

Que é preciso trabalhar cada vez mais com uma palavra em mente: Sustentabilidade.

A crise financeira tem algumas pistas do que não fazer de forma sustentável: criar uma dependência economica de ativos financeiros cuja rentabilidade não depende de produção, as de especulação, gastar sem pensar que as coisas não são para sempre, privilégio a juros estratosféricos em lugar de privilégio em aumento de produtividade decorrente de melhor educação.

O caminho continua o mesmo: produzir gastando menos recursos, com menos efeitos colaterais (deseconomias) ao meio ambiente, e força total para a Educação, que é o único recurso não consumível que pode nos ajudar a aumentar a produtividade.

Pense nisso, parece coisa milagrosa ou mágica: quanto mais educamos nossos trabalhadores e aumentamos seu conhecimento, mais eles podem usar esse conhecimento para melhorar nossa situação sem perder nada, pelo contrário, a aplicação do conhecimento gera aprendizado, e portanto mais conhecimento. Milagre, magia, ou aplicação de conhecimento? Escolha sua opção.