segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Iniciando o ano, nada profundo (ou seria?)

Começando devagar, ou prosseguindo, que é a melhor forma de começar algo...

Este ano foi duro para muita gente neste Brasil. Entre Natal e a virada do ano, muitas vezes o meio ambiente nos mostrou que precisa ser levado em conta. Claro que os especialistas em clima nos dizem que essas chuvas intensas não são necessariamente fruto do aquecimento global, mas do El Niño. E que o El Niño não é necessariamente decorrente do aquecimento global. E que o aquecimento global não é necessariamente um aquecimento provocado, mas uma variação climática de longo prazo. E assim por diante.

Mas o certo é que temos perdas de vida por deslizamentos de terra, consequencias de chuvas muito intensas, e não só em morros habitados por pessoas de baixa renda, mas em Angra dos Reis e Ilha Grande, pontos dos endinheirados e não de favelados. Antes tivemos perdas em São Paulo, e antes ainda enchentes no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O que isso nos mostra é, no mínimo, o descaso e a inconsequência com que as autorizações de construção (e as não autorizações, apenas ignoradas em favelas) são dadas, em locais sabidamente de risco geológico ou de inundações. Mostra uma vez mais que há necessidade de um esforço conjunto de Empresas, Poder Público e Academia para criarmos uma nova consciência do risco de ignorar o ambiente que nos cerca, em pequena e grande escala sistêmica.

Por fim, para um agrado a quem chegou aqui na leitura, um pequeno vídeo que vi em  um site magnífico de ilusões de ótica, ilusões que sempre me levam a pensar no que diz Humberto Maturana quanto a nossa percepção da realidade: nem sempre vemos o que vemos, e nunca o que vemos é o mesmo que os outros vêem. Há muito que refletir sobre o que vemos, e refletir e conversar sobre o que faremos com isso...

Mas pararei aqui, veja o vídeo, é surpreendente.