quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O passado existe ainda ou só existiu?

Hoje foi um dia pesado, embora nada indicasse que o seria. Não, não foi só o trabalho, mas ajudou. Reuniões pesadas, mas nada muito fora do normal. O que pegou então? A insustentável leveza do ser, parafraseando o Milan Kundera.

É fácil contar, mas difícil reproduzir emoções (Diria Maturana: a descrição do ocorrido não substitui o ocorrido). E não foi um, foi uma soma de pequenos ocorridos.

Começou com um presente do Barreto. Você não conhece o Barreto? Não faz mal. Basta saber que é um pouco mais novo que eu, mas vivemos nossa adolescência numa época em que as "raves" eram festas na garagem, conjuntos que cantavam em inglês eram brasileiros e dançar significava grudar na outra pessoa sem mexer muito para não acabar o encanto de ficar abraçado. Não era tão fácil com hoje, com o "ficar"...

Quer lembrar? (voce precisaria ter mais de... quanto? 45 anos?)

Eu vou contar o que me ocorreu. Mas voce precisa ouvir três músicas antes para entrar no clima. E se não entrar no clima (você saberá), nem precisa ler mais. Aguarde um próximo post, com mais sustentabilidade e menos recordações...Inicie com o vídeo abaixo; na mesma página do You Tube achará mais.



Mais um...



E este... Elton John.



Depois uma notícia no site do Jornal Nacional: "Arquivo JN: morre o ex-beatle George Harrison"...



Pois é: mostrei para minha mulher as músicas que o Barreto me deu gravadas num pen-drive. Foi uma viagem dupla no tempo. Mas cada um em seu tempo (não nos conhecíamos então). Quase saem choros, depressões, mas o que veio mesmo, forte, foram lembranças. Ora, lembranças são passado, e passado passou, não? É o que eu pensava.

Começou uma competição musical: eu mostrava uma música, minha mulher desenterrava outra do you tube... eu tocava mais uma (oh! dores variadas), lá vinha ela com outra. Claro que nem eu nem ela desenterramos todos os motivos de nossas paixões adolescentes (só os menos danosos), mas agradeço a Deus tê-las vivido, ter lembrado de mulheres que amei (amor?) quando essas músicas tocavam em nossas festas, em que os hormônios corriam torrencialmente nas veias.

Sou grato a Deus por ter vivido isso, antes e agora. E grato ao Barreto por me permitir reviver.

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