segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ciro Gomes no Cietep

O Deputado Ciro Gomes fala neste momento no Cietep. Antes, o Presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures, lembrou aos presentes a grande folha de realizações do Deputado enquanto ministro, um dos que tornaram o Plano Real no grande estabilizador de nossa economia. E pediu sua ajuda com idéias que melhorem o projeto Curitiba 2030.

O Dep Ciro Gomes comentou seu apreço à cidade, deu aos presentes uma magnífica demonstração de que é possível conjugar profundidade no tema abordado com ser agradável e atrativo a uma platéia. Temas profundos e divertidas risadas são, sim, compatíveis (para registro: nunca fui fã de Ciro, mas poderei até vir a ser depois de hoje).

Em essência falou a uma platéia atenta sobre três pontos essenciais para nosso país:
1 Precisamos poupança alta;
2 Precisamos uma sólida integração entrepúblico e privado;
3 Precisamos investimento em gente.

Cada um desses temas foi abordado com argumentos coerentes e significativos. No primeiro, a crítica ao consumo excessivo gerada pela à busca da felicidade pelo consumo de bens, mais preocupante por atingir os jovens, e falou sobre sua crença que a globalização é fato positivo, dizendo não à idéia e aos preconceitos da esquerda que parou há tempos de ler e aprender.

Impressionou-me como o deputado circula entre temas como a história de nosso país, a tecnologia, a ideologia política e o conhecimento do mercado financeiro. Preparado ele é.

Claro que também mexeu com minhas emoções: contou como exemplo de evoluçao tecnológia que seu pai advogado (como o meu)usava uma máquina Remington para escrever (=) e 173 ganhou dele uma máquina portátil de escrever Olivetti Lettera 22 (eu =)...

Mas voltando aos fatos: a China poupa quase a metade do que produz, a Coréia mais que a metade, nós poupamos 18%... trabalhamos com baixa poupança mas queremos consumir como os outros países. Misturas explosivas: buraco da Previdência, juros altos pela despoupança, fim da CPMF que diminuia o deficit público. É preciso mudar o modelo previdenciário, reduzir as desigualdades e criar poupança mais alta.

O que ajudaria muito: a aproximação público e privado e o investimento em gente: neste caso, a educação média do brasileiro (6 anos), metade do argentino, não permitirá sair disso sem grande investimento em educação.

Ao fim: com os três pontos e a vontade política que é essencial para fazer acontecer, acredita que "vai dar certo".

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